Yoga é uma palavra que tem sua origem no sânscrito, vinda da Índia. Assim como a origem desta prática, a qual foi delineada pelos Rishis, videntes, sábios que habitavam uma região, à beira de dois rios importantes na época, há cerca de 10.000 anos atrás, o rio Hindus e o Sarasvati, região chamada de “Hindusthan”. Com um cataclismo que ocorreu, os cursos desses Rios mudaram e a população também, migrando para as margens do Rio Ganges, que até hoje existe e é tido como um Rio sagrado para os “hindustanis”, é assim que os indianos gostam de ser chamados, pois Índia não foi um nome que eles escolheram nem tão pouco eles são “índios”, como os colonizadores pensaram ao invadir esse país fantástico.
Esses Rishis escreveram muitos tratados, que segundo eles foram recebidos dos Deuses. Devanagari, a linguagem sânscrita que passou a ser escrita, significa escrita dos Deuses, hoje em dia é usada apenas para estudar os diversos tratados sagrados, em todas as áreas do conhecimento deste povo, sensível e único. A língua oficial deles é o Hindi, embora em cada estado se tenha outras tantas línguas como o Marati, o Malayalam, o Tamil etc. Esses shastras, alguns deles foram traduzidos em centenas de línguas e comentados, como os Sutras de Patanjali, o tratado mais importante para os yoguis, o Bhagavad Gita (a Canção do Senhor), diálogo lindíssimo, entre Krishna, o Príncipe Divino e Arjuna – o guerreiro humano, que nos representa, no meio de uma batalha retrata o estado de consciência profunda e a busca da escolha certa entre o coração e a mente – é um tema sempre atual, nessa dicotomia humana, eterna.
O Ramayana, a saga do senhor do Dharma, a ação correta, o Príncipe Rama, que encanta todos aqueles que entram em contato com ele. Reescrito para o cinema e teatro. O Mahabharata, o maior épico da história da humanidade, que conta a vida de uma família, indiana, cujo último capitulo é a própria Gita. Ambos fantásticos, cada vez que releio contando essas histórias para meus alunos, inclusive as crianças, quase sempre encontro uma nova lição.
Agora os mais importantes são os primeiros, os quatro vedas, a origem da medicina tradicional- o Ayurveda-, e onde as primeiras práticas do yoga são encontradas. As posturas, asanas, não constavam neles, mas os mantras, a meditação, o jejuar, já estavam implícitos.
É neste ponto que quero chegar, tudo isso estudamos no nosso Curso de Formação em Yoga e no de Ayurveda, a filosofia védica. Meu mestre Paramahansa Yogananda também interpretou a Gita nos seus livros e nas
lições da Self Realization Fellowship, organização criada por ele, nos mostra como conversar com Deus. Como através da meditação, podemos encontrar a Eterna busca do homem e encontrar nossa felicidade, nossa plenitude, nossas visões internas. Vislumbrar da onde nós vimos, onde estamos e para onde vamos, é o que todo ser humano gostaria de saber e está tudo dentro de nós.
É meditando que podemos acessar essas visões, encontrar esse nosso caminho para nossa busca ter um fim ou quem sabe um novo começo.
Namastê!
Sheila Quinttaneiro
Diretora-Presidente da IAYA
Diretora do Shiva Studio de Yoga e Ayurveda;
Terapeuta Ayurvedica; Professora de Yoga
www.shivastudio.org
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